domingo, 17 de outubro de 2010

Congéia - Congea tomentosa

Nome Científico: Congea tomentosa
Nome Popular: Congéia, Côngea
Família:
Verbenaceae
Divisão: Angiospermae
Origem: Índia, Malásia, Burma, Tailândia
Ciclo de Vida:
Perene

A congéia é uma trepadeira de ramagem lenhosa, ramificada, conhecida no mundo todo devido ao seu florescimento decorativo. Suas folhas são elíptico-ovaladas, opostas, tomentosas (pilosas), perenes, de cor verde clara e com nervuras bem marcadas. No fim do inverno e início da primavera a congéia floresce, exibindo numerosas flores brancas, pequenas e discretas, mas cada uma circundada por três brácteas em forma de hélice, muito vistosas e duráveis, que mudam de cor gradativamente, do rosa para o roxo e posteriormente para o cinza, ao longo de várias semanas. A floração é tão densa e abundante que mal se pode ver a folhagem.

A congéia é uma trepadeira muito vigorosa e exuberante, com textura delicada. Apesar de tropical, ela se encaixa em diferentes estilos de jardins, e pode cobrir cercas, grades, caramanchões, pérgolas, pórticos e coroar muros. Também pode ser conduzida como arbusto e cerca-viva. As podas, realizadas após o florescimento, auxiliam na formação e contenção da planta e estimulam seu adensamento. Os ramos floridos da congéia podem ainda ser utilizados como flor-de-corte em buquês e arranjos florais.

Deve ser cultivada sob sol pleno, em solo fértil, enriquecido com matéria orgânica e irrigado periodicamente. Para plantio em renques se recomenda a distância mínima de um metro entre as plantas. Trepadeira tipicamente tropical, aprecia o calor e não tolera geadas ou nevascas. Em países de clima temperado deve ser protegida no inverno em estufas. Multiplica- se por estaquia ou alporquia, após o florescimento, ou por sementes.

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Orquídea Phalaenopsis (O nome Phalaenopsis deriva de “Phalaena”)

Natural das Filipinas
A Phalaenopsis é uma das mais belas e populares orquídeas e é produzida e cultivada em larga escala pela indústria brasileira. Por isto mesmo, existe hoje um grande número de híbridos, fruto do cruzamento de espécies em cativeiro.

O gênero Phalaenopsis tem características muito elegantes. Algumas variedades apresentam florações espetaculares, como por exemplo, a P. schilleriana, que comumente chega a ter mais de setenta flores em uma única haste floral. Mas esta espécie também é conhecida por sua belíssima folhagem verde escura, salpicada de cinza prateado, com folhas achatadas em forma de língua e flores róseas ou brancas, com até 7,5 cm de diâmetro.

Nos últimos anos, vários híbridos de Phalaenopsis têm sido criados para obtenção de flores de corte. Suas flores brancas tornaram-se populares para buquês de noivas.

Conhecida por se adaptar bem até em apartamentos de centros urbanos, a Phalaenopsis é uma planta que precisa de rega a cada 7-15 dias, dependendo da época e tolera bem temperaturas mais elevadas.

Phalaenopsis em seu habitat natural
Todas as espécies encontradas são nativas do extremo leste asiático. Fixadas nesta área, estendem-se por Burma, Ilhas Molucas e especialmente nas Filipinas.

O nome Phalaenopsis deriva de “Phalaena”, “Phalena” ou mariposa e “opsis”, “aparência de”; foi sugerido pelo botânico holandês Blume, quem a encontrou pela primeira vez em 1825 e a nomeou de Phalaenopsis amabilis, como a mariposa tropical Phalaena.

Phalaeonopsis são epífitas ou litófitas. As plantas crescem prendendo-se a ramos, troncos de árvore e rochas e quase sempre fixadas em lugares sombrios. Algumas espécies crescem bem próximo à praia, recebendo os respingos da água salgada do mar (o jardineiro que era encarregado de cuidar da coleção de orquídeas do Jardim Botânico da Inglaterra particularmente tinha grande sucesso no cultivo deste gênero. Colocava areia e cascalho de pedra nas prateleiras, onde periodicamente acrescentava pedras de sal próximo às plantas para evitar congelamento da água nas bandejas).

Três espécies, P. lowii, P. parishii e P. esmeralda são muito sensíveis nas condições do seu hábitat nativo, onde crescem em cima de pequenos arbustos e pedras limosas. Mas quando cultivadas em estufas, longe das drásticas mudanças climáticas, normalmente têm suas folhas conservadas integralmente.

As folhas têm textura de couro e podem ter até 46 cm de comprimento por 7 cm de largura. São suculentas, servindo de reserva de água e alimento. A maioria das espécies viceja na selva, onde a temperatura é naturalmente uniforme, entre 24 graus à noite e 35 graus durante o dia, com índices pluviométricos de 2.030 mm³ ao ano, e uma atmosfera quase sempre saturada de umidade, razão pela qual são desprovidas de bulbos.

As raízes crescem livremente e aderem a tudo que possam firmar-se, sejam árvores ou rochas. O cultivo em vasos impossibilita que as raízes fiquem soltas por fora do recipiente, desenvolvendo-se, assim, em meio ao substrato, o que retarda seu crescimento. A P. schilleriana e a P. stuartiana têm raízes de coloração prateada, largas e achatadas, algumas com crescimento muito extenso para captar alimento e prover a fixação.

O alimento é principalmente provido pela umidade atmosférica, bem carregada, que contribui para o enraizamento na parte inferior, e grande absorção pelas raízes aéreas e folhas.

Em seu hábitat natural as hastes florais ficam dependuradas em cascatas, sobre suas longas e pesadas folhas, e estão continuamente em floração. Após a floração mais hastes podem surgir da haste original. Se depois da primeira florada tiver caído a haste, esta voltará a produzir outras brotações florais. Se quiser usar as flores para decoração, corte a haste acima do nó mais alto. A planta irá então produzir uma nova haste secundária dentro de pouco tempo. Geralmente, em cultivo, as hastes são estacadas para cima.

Quando as condições são favoráveis, as plantas são capazes de produzir “keiks”, brotações nas gemas da haste floral. Com o crescimento da jovem planta, ela irá desenvolver suas próprias raízes. No hábitat é comum ver grandes colônias de plantas formadas de “keiks” florais já independentes, avançando ao longo dos galhos, produzindo suas próprias hastes florais.

Em algumas espécies, incluindo a P. violacea, a P. amboinensis e a P. mariae, após a floração, se fecundadas, irão formar uma cápsula de sementes, em que as sépalas e pétalas tornam-se espessas, de cor verde como as folhas, mas seguindo o mesmo caminho das funções de reprodução por sementes.

A condição natural do meio ambiente das Phalaenopsis provê à espécie temperaturas médias estáveis, alta umidade e bom sombreamento. Por ser uma planta delicada, deve preferencialmente ser cultivada em estufas.